A grave crise econômica atravessada pelo país nos últimos anos, somada a um cenário político agitado por uma infinidade de denúncias de corrupção, levaram a população a uma situação de descrédito em relação à classe política e até às instituições públicas do país. O desalento geral fica evidente quando se analisam os resultados de alguns levantamentos junto ao eleitorado.

A pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira: Eleições 2018, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), revelou um quadro preocupante: 68% dos entrevistados afirmaram que, se pudessem, não votariam neste ano. Em seguida, foram apontados os principais motivos que causam esse desalento: corrupção (30%), eleitores não confiam mais no governo ou nos candidatos (19%) ou consideram que não têm opção entre os candidatos (16%). Os resultados mostram uma evolução em um panorama que já era alarmante nas últimas eleições gerais. Em 2014, no primeiro turno, 25% do total de eleitores abriram mão de seus votos. Foram registrados 11,1 milhões de votos em branco ou nulos. Além disso, outras 27,7 milhões de pessoas não compareceram aos locais de votação.

O preço da omissão

Por entender que, em uma democracia, o voto é a principal arma que o cidadão tem para transformar a realidade de seu país, estado ou município, o movimento Vote Bem promove uma série de ações para estimular uma maior consciência em relação às eleições. Iniciativa apartidária, o Vote Bem considera que, apesar de toda a desilusão que o cenário político provoca, o momento atual do Brasil não permite omissões. Cada cidadão tem sua parcela de responsabilidade e, caso não exerça seu direito ao voto, estará deixando a decisão sobre seu futuro nas mãos de terceiros.

Portanto, é essencial que o eleitor faça uso desse direito. Mais do que isso, o Vote Bem estimula e orienta as pessoas para que façam uma escolha consciente e criteriosa, podendo assim eleger governantes e parlamentares comprometidos com os interesses da população, e não com interesses pessoais ou políticos. É fundamental, portanto, analisar em profundidade a biografia e as propostas dos candidatos, tanto aos cargos do Executivo quanto do Legislativo. Se isso não for feito, serão pelo menos mais quatro anos de turbulências e incertezas, comprometendo ainda mais o desenvolvimento do país.

FORMANDO CIDADÃOS

O Vote Bem é também uma ferramenta de mudança da cultura política do país. Para isso, desenvolve projetos para a formação civil de jovens. Conheça algumas dessas iniciativas:

  • Programa Jovem no Poder: Aplicado no Colégio Sesi Ensino Médio, em parceria com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE). Na primeira fase, Parlamento Jovem, foram mais de 2,1 mil estudantes envolvidos, reproduzindo cada etapa de uma eleição. Na segunda fase, Jovem no Controle, vídeos, jogos digitais e oficinas foram empregados e os jovens eleitos receberam capacitação sobre gestão pública.

  • Propostas de soluções: Alunos dos cursos de Administração e de Sistemas de Informação do Senai foram desafiados a propor soluções a problemas políticos e civis. Como resultado, foram elaboradas minutas de Projetos de Lei, bem como aplicativos com a finalidade de fiscalizar o trabalho dos políticos eleitos e aproximá-los dos cidadãos.

  • História em quadrinhos: Intitulada ?3 Poderes: Os Líderes do Amanhã?, serviu de base para um concurso cultural em que os estudantes foram desafiados a criar uma continuação para esse enredo: três heróis, cada um com um talento sobrenatural inspirado em um dos três poderes.

 

Para saber mais sobre o projeto, acesse: votebem.org.br