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Do berimbau ao tamborim: sons e instrumentos da cultura brasileira

Neste semestre, nossas crianças estão embarcando em uma verdadeira viagem pelo mundo por meio da oficina “Conexões pelo mundo”. A proposta é apresentar culturas de diferentes países de forma lúdica e interativa, promovendo aprendizados que envolvem música, esportes, costumes e valores. Brasil, Itália e Japão foram os países escolhidos para este primeiro semestre.
Muito além do samba que ecoa no Carnaval, o Brasil é um país de sons plurais, de instrumentos únicos e de tradições que misturam raízes indígenas, africanas e europeias. Aprender sobre nossos instrumentos é também reconhecer quem somos — e fortalecer, desde a infância, o orgulho da nossa cultura.
Música como expressão de identidade
A música sempre esteve presente na história do Brasil. Povos originários, por exemplo, já utilizavam instrumentos como maracás, flautas e tambores para rituais, celebrações e comunicação. Com a chegada dos africanos escravizados, outros sons e ritmos ganharam força, como o atabaque e o agogô. Da Europa, herdamos instrumentos de corda como o cavaquinho, o violão e a sanfona.
Essa mistura formou uma identidade sonora única — que continua em constante transformação. Segundo a Funai, “a música nas tradições indígenas vai além do entretenimento: é linguagem e conexão com o mundo espiritual.” Entender isso desde cedo é abrir espaço para o respeito à diversidade e ao conhecimento ancestral.
Os instrumentos brasileiros mais populares
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Berimbau: símbolo da capoeira, de origem africana;
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Tamborim: usado no samba e em outras manifestações populares;
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Pandeiro: presente no choro, forró, samba e muitos outros ritmos;
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Reco-reco: instrumento de fricção bastante popular no Brasil;
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Zabumba: fundamental no forró, baião e xaxado;
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Cuíca: com seu som característico, que imita até o riso;
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Cavaquinho: com papel central no choro e no samba.
Por que aprender sobre música brasileira na infância?
Estudos mostram que o contato com a música favorece o desenvolvimento cognitivo, social e emocional das crianças. Mas, quando essa experiência está conectada à cultura local, ela ganha ainda mais potência: cria vínculos com o território, valoriza saberes populares e fortalece a autoestima.
De acordo com o blog MundoMax, a diversidade musical brasileira é um reflexo direto da riqueza cultural do país, e entender os instrumentos que fazem parte dessa história é também um gesto de preservação cultural.
Ao escutar o som de um berimbau, bater palmas no ritmo do samba ou dançar ao som do forró, as crianças não apenas aprendem sobre música: elas vivenciam um pedaço da história do Brasil. E isso é fundamental para formar cidadãos conscientes, sensíveis e conectados com sua história.