BLOG

O clássico italiano ajuda crianças a entenderem o certo, o errado... e o que vem depois!

Neste semestre, as crianças embarcaram em uma viagem cultural com a oficina "Conexões pelo mundo", que propõe uma imersão nos costumes, saberes e brincadeiras de diferentes países. E foi na Itália que um personagem muito especial vem mexendo com o imaginário infantil desde 1883: Pinóquio, o boneco de madeira que queria se tornar um menino de verdade. 

Mais do que um conto encantador, "As Aventuras de Pinóquio", de Carlo Collodi, é uma obra cheia de ensinamentos sobre ética, escolhas, responsabilidade e amadurecimento — temas fundamentais para o desenvolvimento das crianças. Neste texto, exploramos o que o clássico italiano tem a ensinar, mesmo tantos anos depois de sua criação. 

Escolhas têm consequências 

Pinóquio, em sua trajetória, passa por diversas situações em que precisa escolher entre o certo e o errado. Frequentemente, opta pelo caminho mais fácil — e sofre as consequências por isso. Esse enredo é uma metáfora valiosa para ensinar às crianças que nossas ações geram resultados, e que aprender com os erros faz parte do processo de crescer. 

Segundo a educadora Sue Atkins, o personagem pode ser usado como analogia para ajudar as crianças a desenvolverem pensamento crítico, especialmente no ambiente digital. “Assim como Pinóquio precisou aprender em quem confiar, as crianças também precisam refletir antes de compartilhar, acreditar ou reagir ao que veem online”, diz Atkins. 

A importância do afeto e da orientação 

O nariz de Pinóquio cresce sempre que ele mente — um símbolo claro e visual de que a verdade importa. Ensinar as crianças a serem honestas e empáticas é um trabalho constante, e histórias como essa ajudam a trazer esses valores para conversas leves e acessíveis. 

Além disso, quando Pinóquio começa a demonstrar empatia e responsabilidade, ele finalmente é “recompensado” ao se tornar um menino de verdade — uma lição poderosa sobre o valor de ser uma boa pessoa, e não apenas de obedecer às regras. 

Outro ponto importante da narrativa é a figura do Gepeto, o pai que acredita em seu filho mesmo diante de tantos tropeços. O vínculo entre os dois mostra o papel fundamental dos adultos no desenvolvimento infantil: estar presente, acolher e guiar. 

Assim como nos processos educativos, a escuta ativa e o incentivo à autonomia são ferramentas que fazem a diferença — tanto nas relações familiares quanto nas pedagógicas. 

Cultura, imaginação e reflexão 

A educadora Keren McMillan, em artigo para o site Tiny Beans, lembra que “a magia de Pinóquio está em mostrar que o crescimento vem da experiência, não da perfeição. As crianças precisam errar, refletir e tentar de novo.” 

Mesmo com mais de 140 anos, Pinóquio continua sendo um espelho para o universo infantil. Em meio à fantasia e às travessuras, ele convida crianças — e adultos — a pensarem sobre responsabilidade, verdade, empatia e crescimento. Em tempos de conexões digitais, mudanças rápidas e muitos estímulos, histórias como essa ajudam a manter os pés no chão (mesmo quando feitos de madeira!) e o coração atento às boas escolhas.

O Centro de Esportes e Educação é fruto da parceria entre o Sesi e a Petrobras, beneficiando 240 alunos em Araucária e Campo Largo. Saiba mais sobre essa iniciativa.