Trabalho e Saúde Mental
Transtornos mentais são a terceira maior causa de afastamento do trabalho.

A saúde mental é um tema que ganha cada vez mais espaço nas discussões em todo o mundo devido ao aumento do número de casos de transtornos mentais e comportamentais e dos impactos que derivam deles. Decorrentes da relação entre o indivíduo e o seu contexto, seu desenvolvimento ou agravamento pode ser influenciado por uma série de fatores, como estilo de vida, características subjetivas, exposição à discriminação e ao risco de violência, falta de apoio social, contexto socioeconômico e político, estresse no trabalho, entre outros. Os transtornos mentais mais comuns são os depressivos e de ansiedade. 

Em 2017, a OMS publicou um documento sobre a depressão e outros transtornos mentais comuns. De acordo com a pesquisa, o número de pessoas com depressão totalizou 322 milhões em 2015 (4,4 % da população mundial). No mesmo ano, estimou-se que 264 milhões de pessoas (3,6%) apresentavam transtornos de ansiedade no mundo. A OMS destaca ainda que a perda de saúde em função desses distúrbios é significativa, sendo a depressão a principal causa de incapacidade no mundo, enquanto os transtornos de ansiedade representam a sexta causa. No Brasil, o quadro é preocupante. O país apresenta o maior percentual de prevalência de transtornos de ansiedade do mundo: 9,3% da população. Com relação à depressão, ocupa o 6º lugar nos índices mundiais, com 5,8%. 

Essa realidade estende-se ao contexto do trabalho. Os transtornos mentais já são a terceira maior causa de afastamento do trabalho e de benefícios concedidos pela Previdência Social no Brasil. Em 2016, o número de afastamentos relacionados a transtornos mentais e comportamentais chegou a quase 200 mil, representando um aumento de 16,5% se comparado a 2015. 

A má distribuição da carga e do ritmo de trabalho, relações interpessoais deficitárias e ambiente e equipamentos inadequados são exemplos de riscos que, na sua interação com as características e necessidades do trabalhador, podem desencadear ou agravar quadros de sofrimento psíquico, como burnout, depressão, ansiedade e dependência de substâncias psicoativas. Para evitar a diminuição da produtividade e garantir que o trabalhador mantenha a capacidade para o trabalho, as empresas devem ter uma intervenção preventiva. A gestão dos riscos psicossociais é uma estratégia internacionalmente reconhecida para isso.  

Por outro lado, contextos organizacionais saudáveis impactam positivamente a saúde mental dos trabalhadores, podendo inclusive funcionar como um fator protetivo. Isso porque o trabalho é uma das dimensões fundamentais na vida de uma pessoa, contribuindo para a construção da identidade, desenvolvimento pessoal, inserção social e o próprio sustento.


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