Ensino técnico como caminho para o futuro

O potencial do jovem brasileiro e a excelência da educação profissional ofertada pelo Senai foram, mais uma vez, destaque internacional no fim do mês de agosto. Com uma delegação composta por 63 estudantes – a maioria formada pela instituição – o Brasil conquistou a terceira colocação no ranking geral da WorldSkills, a maior competição de educação profissional do mundo. Um resultado que consolida o país entre os melhores do mundo, depois de já ter conquistado a segunda colocação em 2017, em Abu Dhabi, e de ter ocupado o topo do pódio em 2015, quando a disputa ocorreu em São Paulo.

Realizada em Kazan, na Rússia, a competição deste ano reuniu 1.354 jovens, de 63 países, que realizaram provas em 56 modalidades, reproduzindo o dia a dia do mercado de trabalho. Os jovens brasileiros conquistaram duas medalhas de ouro, cinco de prata e seis de bronze, além de 28 certificados de excelência, alcançando os padrões de qualidade exigidos pela WorldSkills.

Paraná em destaque

O desempenho brasileiro teve a ajuda do Paraná. O estado esteve representado na Rússia por cinco jovens. Thiago Felipe Salkovski participou da modalidade Tecnologia da Água, enquanto Bruno de Souza Magalhães disputou em Jardinagem e Paisagismo. Já Eduardo Felipe Benvegnir e Lucas Constancio Lenzi receberam certificados de excelência em suas ocupações: Tecnologia Automotiva e Redes de Cabeamento Estruturado, respectivamente.

O principal destaque foi Leandro Moreira. Aluno do Senai em Londrina, ele conquistou a medalha de prata na categoria Computação em Nuvem. Nela, os competidores precisavam arquitetar e implementar uma infraestrutura de TI em um ambiente de nuvem público.

Profissões do futuro

A inclusão de modalidades como a disputada por Moreira, diretamente ligadas a avanços tecnológicos que vêm sendo adotados pelo setor produtivo, chama a atenção nas últimas edições da WorldSkills. No caso do setor industrial, cada vez mais serão exigidas dos profissionais habilidades e especialização em conceitos relacionados à chamada Indústria 4.0, como digitalização de processos, inteligência artificial e internet das coisas, entre tantos outros.

E justamente as profissões ligadas à tecnologia estão entre as que mais vão crescer nos próximos anos no Brasil. É o que mostra o Mapa do Trabalho Industrial 2019-2023, elaborado pelo Senai para subsidiar a oferta de cursos da instituição. Estima-se, por exemplo, que a ocupação de condutor de processos robotizados apresentará a maior taxa de crescimento percentual do número de empregados para o período: 22,4% de aumento nas vagas disponíveis, enquanto o crescimento médio projetado para as ocupações industriais será de cerca de 8,5%.

Ampliar o ensino técnico

Essa nova realidade torna a educação profissional ainda mais importante para a formação de mão de obra para a indústria. Outros países, como China e Rússia – respectivamente primeira e segunda colocadas na WorldSkills 2019 –, têm investido fortemente para ampliar o acesso ao ensino técnico. No Brasil, ainda é baixo o percentual de jovens que optam por esse tipo de formação: só 8% dos estudantes do ensino médio cursam educação profissional. Em regiões desenvolvidas, como a Europa, esse índice chega até a 50% dos estudantes.

Dados como esses mostram que o Brasil precisa avançar rapidamente nessa questão, expandindo cada vez mais a oferta. Colocar em prática a reforma do Ensino Médio, aprovada em 2016 e que incluiu a qualificação profissional no currículo dessa etapa escolar, é uma ação fundamental. Em todo esse movimento, o país já conta com a expertise do Senai, que mais uma vez teve a qualidade de seu ensino reconhecida internacionalmente na WorldSkills.

Para saber mais sobre a participação do Paraná na WorldSkills, acesse: senaipr.com.br/worldskills